prática e processos |
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Muitas vezes sabemos o que é necessário ser feito, mas postergamos usando toda a sorte de racionalizações. "Depois eu faço" dizemos displicentes e alheios ao fato de que nunca faremos. Não fazemos nem tanto por falta de tempo ou oportunidade, mas porque estamos num processo de negação e autoengano. Vamos nos engajar na criação de justificativas para não fazer o que deveria ser feito, ocultando a obviedade e o imperativo dessa ação. E, em vez de assumirmos que não será feito, buscamos ganhar tempo concordando que deve ser feito, mas mesmo assim procrastinando. Trata-se de uma forma de controle. Já que não podemos evadir-nos da consciência de que deve ser feito, empurra-se para frente, de tal forma que não seja feito. O
estado natural de tudo é a inércia. A indolência é
algo natural e dizem os sábios que até para o crescimento
de uma única grama no jardim é necessário que dois
anjos, um a cada lado, lhes encorajem constantemente dizendo que cresçam.
Não há dinâmica sem antes Outro
aspecto importante é relacionado à ideia de comando. O mundo
material sempre se delata nos direitos e privilégios para proliferar
suas indolências e sua lassidão. Por essa razão, a
diligência está vinculada a um senso de ordenação,
de mandatório e compulsório. |
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