prática e processos |
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Como vimos acima, a prática não é de Atenção, senão que de: "Atenção, Atenção e Atenção". A primeira forma de Atenção é entender que algo precisa ser feito e essa atenção, por si só, deflagra as demais. O engajamento de nossa consciência com o que está acontecendo determina se estamos ou não atentos. É comum que, com a passar da vida, venhamos a perder essa atenção justamente porque nos interessa o estado de desatenção. Se ficarmos despertos demais, teremos que nos defrontar com inconvenientes e desafios que preferimos evitar. Se
vemos, por exemplo, uma injustiça no colégio isso exige
de nós um posicionamento. Mas vamos descobrindo que nosso envolvimento
tem custos. O que é próprio muitas vezes não O descuido caracterizado pela apatia e pela indiferença são formas de materialismo porque são modalidades de comodismo. A comodidade, o lugar aparentemente mais fácil e egoísta, se traduz pela perda da atenção, cujos sintomas principais são a displicência e a negligência. O cuidado é a disposição para fazer o que tem que ser feito e arcar com seus custos. A deficiência nesse zelo abre caminho para formas materialistas que vão trocar a atenção pelo conforto. Quanto maior a conveniência, menor a atenção. Deixamos de ver as pessoas e suas necessidades não porque não estamos ligados, mas porque não nos interessa interagir com essa parte da realidade. Materializamos a parte da realidade que nos interessa e nos afastamos de sua integridade, arcando com as consequências desse comportamento que, em longo prazo, leva ao abatimento e à depressão. |
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