prática e processos |
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Temos que aprender a evitar a dependência a coisas desnecessárias. É um grande refinamento saber abster-se do que é supérfluo. Toda vez que nos favorecemos e nos satisfazemos com coisas dispensáveis, reforçamos o apego e aumentamos nossa vulnerabilidade. Quando não temos algo que nos privilegia, ficamos irritados e frustrados. Quanto mais condescendentes com nossos desejos nos seus mínimos detalhes, mais mimados e cheios de expectativas ficamos. Somos escravos da ideia de que bem-estar é se sentir bem. No entanto, podemos experimentar um bem-estar mais duradouro e elevado ou quando fazemos bem, bem feito, ou quando causamos o bem. Em vez do tradicional vício de atender a nossas minuciosas demandas da vida, experimente derivar prazer de algo bem feito, com qualidade, ou de simplesmente causar efeitos positivos, gerando o bem. Isso pode se transformar numa alternativa motivacional de profundo bem-estar. Quando não temos cuidado e não exercemos formas de abstinência, ficamos contrariados com as mínimas coisas que malogram e frustram. Basta alguma adversidade ou revés e ficamos tomados de raiva. E perdemos a paz que escapa por entre demandas pessoais que se contrapõem ao fluxo da vida e pelo não acolhimento ao que nos é e ao que nos acontece. Saber abrir mão nos fortalece. Quanto menos você precisa, mais atendido está. Pobre daquele que se acostuma com luxos e benesses de toda a ordem. A vida fica complexa e exige despender grande quantidade de energia para vivê-la. Auto-rrestringir-se significa aumentar a autonomia e a liberdade. "O
que é meu é teu e o que é teu é teu"
é a maior forma de riqueza e suficiência que existe. |
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