prática e processos |
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Retidão
é a prática de perseverar na busca da honestidade. Caracteriza-se
pela consciência que determina: se por conta do que estou prestes
a fazer será preciso mentir no futuro, então não deve
ser feito.
Não é uma proposta moral para não fazer ou ousar. A questão não é se o que você irá fazer é certo ou errado, mas se está de acordo com seus próprios princípios ou se precisará ocultar essa ação no futuro. A mentira é a distorção da realidade e o alicerce para as ilusões. Justificada usualmente para aparar arestas nas situações em que podemos ficar mal diante dos outros ou colocar em risco nossos interesses, a mentira representa uma dívida. Evitá-la é uma questão de Economia Espiritual. Saber interceptar as pequenas mentiras antes de fazer uso delas, evitando a manipulação e a deslealdade que elas carregam, produz um bem estar que está associado à retidão. Não faça nada que você queira ocultar no dia seguinte ou no ano seguinte. Fazemos com frequência escolhas equivocadas por uma conveniência imediata que resulta em problemas para todo o futuro. Ser reto nos livra do peso e da atribulação das mentiras. Uma mentira é um fardo para sempre, uma pendência que se intensifica com o passar do tempo. Como a radiação solar, a mentira penetra em nossa pele e é cumulativa. Parece inofensiva no início, mas pode causar uma disfunção espiritual maligna, corrompendo irreversivelmente nossa percepção da realidade. A mentira nutre toda a forma de insegurança e somente a retidão oferece a confiança que mistura bem- estar (emocional) e dignidade (espiritual). Passe um dia sem mentir e sinta-se sóbrio ao término do mesmo. O mais difícil nessa abstinência não é abrir mão de novas mentiras, mas o compromisso e o endividamento que temos com mentiras antigas. O exercício é positivo não só pela permanência na verdade, mas porque ajuda a aferir a extensão de nossa inadimplência com o passado constituído de nossas mentiras. |
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